Em parte o que se há sofrido
Se parte nesse chão batido
A parte o coração partido
Parte em ruas sem sentido
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Do not push the button
Entre o excesso e o marasmo
Entre o que quero e o duvido
Nada além de poesia
Pra mim agora faz sentido
Entre o que quero e o duvido
Nada além de poesia
Pra mim agora faz sentido
domingo, 26 de abril de 2009
Pequena consideração sobre o amor
O que penso do amor?
Do amor não penso nada
É um território estranho ainda não inundado pela confusa da minha alma
Eu penso que tudo que penso é sobre desejo
Em suma, amor é mistério
Eu entendo é de beijo
Do amor não penso nada
É um território estranho ainda não inundado pela confusa da minha alma
Eu penso que tudo que penso é sobre desejo
Em suma, amor é mistério
Eu entendo é de beijo
segunda-feira, 6 de abril de 2009
"Canta uma esperança desatinada para que enfureçam silenciosamente os cadáveres dos afogados.
Canta para que grasne sarcasticamente o corvo que tens pousado sobre tua omoplata atlética.
Arranca do mais fundo a tua pureza e lança-a sobre o corpo felpudo das aranhas.
Ri dos touros selvagens carregando nos chifres virgens nuas para o estupro nas montanhas.
Pula sobre o leito cru dos sádicos, dos histéricos, dos masturbados e dança!
Dança para a lua que está escorrendo lentamente pelo ventre das menstruadas.
Deita a tua alma sobre a podridão das latrinas e das fossas.
Por onde passou a miséria da condição dos escravos e dos gênios.
Canta! Canta demais!
Nada há como o amor para matar a vida.
Amor que é bem o amor da inocência primeira!
Canta! O coração da donzela ficará queimando eternamente a cinza morta.
Para o horror dos monges, dos cortesãos, das prostitutas e dos pederastas.
Suga aos cínicos o cinismo, aos covardes o medo, aos avaros o ouro.
E para que apodreçam como porcos, injeta-os de pureza!"
Trecho de Balada Feroz- Vinícius de Moraes
Canta para que grasne sarcasticamente o corvo que tens pousado sobre tua omoplata atlética.
Arranca do mais fundo a tua pureza e lança-a sobre o corpo felpudo das aranhas.
Ri dos touros selvagens carregando nos chifres virgens nuas para o estupro nas montanhas.
Pula sobre o leito cru dos sádicos, dos histéricos, dos masturbados e dança!
Dança para a lua que está escorrendo lentamente pelo ventre das menstruadas.
Deita a tua alma sobre a podridão das latrinas e das fossas.
Por onde passou a miséria da condição dos escravos e dos gênios.
Canta! Canta demais!
Nada há como o amor para matar a vida.
Amor que é bem o amor da inocência primeira!
Canta! O coração da donzela ficará queimando eternamente a cinza morta.
Para o horror dos monges, dos cortesãos, das prostitutas e dos pederastas.
Suga aos cínicos o cinismo, aos covardes o medo, aos avaros o ouro.
E para que apodreçam como porcos, injeta-os de pureza!"
Trecho de Balada Feroz- Vinícius de Moraes
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