"Amor?
Receios , desejos
Promessas de paraíso
Depois beijos, depois risos
Depois...
E depois, amada?
Depois dores sem remédio
Depois pranto
Depois tédio
Depois... nada!"
Menotti del Picchia
terça-feira, 31 de julho de 2007
domingo, 29 de julho de 2007
sexta-feira, 27 de julho de 2007
O abuso
O cheiro da sua mão na minha
O gosto do teu beijo
Que eu não provei
O abraço mudo
O sussurro surdo
Meu menino moreno
Meu doce menino
Me faz inocente
Me dá a malícia de um palhaço no circo
Me desperta os sentidos
Ternamente
Me tira do eixo
E sem juízo
Sou toda sua
Sou só sua
Simplesmente
27/07/07
O gosto do teu beijo
Que eu não provei
O abraço mudo
O sussurro surdo
Meu menino moreno
Meu doce menino
Me faz inocente
Me dá a malícia de um palhaço no circo
Me desperta os sentidos
Ternamente
Me tira do eixo
E sem juízo
Sou toda sua
Sou só sua
Simplesmente
27/07/07
Aves mitológicas
Que há nessa cidade
Além de mulheres mundanas
Além de mulheres mundanas
Garotas comtemporâneas
Meninas de vanguarda
E de rima
Certas do que querem
(Por que querem tudo)
Te olham de cima
Certas do que querem
(Por que querem tudo)
Te olham de cima
Que há nessa idade
Além da fisiologia
Muito além da filosofia
Mulheres reais e com asas
Borboletas carnais
Com a mente em brasa
Enlaçam, seduzem
Num susto
Te viram do avesso
(Menino travesso
aqui não tem vez)
Com a mente em brasa
Enlaçam, seduzem
Num susto
Te viram do avesso
(Menino travesso
aqui não tem vez)
Essa era de meninas múltiplas
Repartidas em duas ou três
Mocinhas que são reis
Matriarcas do caos e da lama
Sensíveis, bacanas
Uma raça de mulheres magas
Trazem algo no peito que afaga
Conforta e sempre desafia
Provoca a seguir em frente
Convoca a ser mais que gente
Garotas de diamante
Sempre errantes
(Um tanto quanto perdidas)
E permanentemente mutantes
Em 27/07/07, inspirada por dona Pinocha Frida Kahlo
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Crise de abstinência
terça-feira, 24 de julho de 2007
Confraria
Não tem jeito
Não adianta insistir
Não há noção
Não há senão
Não me peça
Não obedeço
Não faço, não calo
Não mando no coração
Eu farejo...
Tenho medo...
Espio...
De repente confio
E sem juízo me jogo
Em suas mãos
Porque sou assim
A vida faz o que quer de mim
E se me levou a ti
Acredite...
Eu hei de ser feliz
Trocando contigo miudezas
Vivendo inúmeras incertezas
Sofrendo junto
Sorrindo sempre
Enlouquecendo invariavelmente
Dançando, cantando
Brincando de faz de conta
Me fazendo de tonta
Nesse palco mágico
Que você me montou
E onde vivo uma ilusão eterna
Interpreto meu personagem favorito
Inevitavelmente cômico
Acidentalmente trágico
Inusitadamente bonito
E grato, muito grato
Por estar com você
Por poder te entreter
Por te ter comigo
Por ter seu abrigo
Ser seu fardo e sua glória
Fazer parte da sua história
E ser hoje seu amigo
Não adianta insistir
Não há noção
Não há senão
Não me peça
Não obedeço
Não faço, não calo
Não mando no coração
Eu farejo...
Tenho medo...
Espio...
De repente confio
E sem juízo me jogo
Em suas mãos
Porque sou assim
A vida faz o que quer de mim
E se me levou a ti
Acredite...
Eu hei de ser feliz
Trocando contigo miudezas
Vivendo inúmeras incertezas
Sofrendo junto
Sorrindo sempre
Enlouquecendo invariavelmente
Dançando, cantando
Brincando de faz de conta
Me fazendo de tonta
Nesse palco mágico
Que você me montou
E onde vivo uma ilusão eterna
Interpreto meu personagem favorito
Inevitavelmente cômico
Acidentalmente trágico
Inusitadamente bonito
E grato, muito grato
Por estar com você
Por poder te entreter
Por te ter comigo
Por ter seu abrigo
Ser seu fardo e sua glória
Fazer parte da sua história
E ser hoje seu amigo
Auto retrato
Com a cara a tapa
Sem apego a nada
Flagelada...
Anestesiada...
Na estrada...
Treinando fugas
Escapulidas
Desculpas esfarrapadas
Polidas...
Orações desperdiçadas
Palavras perdidas
Sem farpas
Disfarça...
Sempre essa farsa...
Desmentida
Metida
Descendo do salto...
Descalça
Descabida
Descabelada
Evitando percalços
Fazendo graça
Tímida e sem graça
Seduzindo a praça
Cansada...
Dengosa...
Boneca de luxo
Valente
Ou de louça...
Descrente
Linda e insossa
Pura, segura
Insana, profana
Barroca
Racionalizada
Minimamente calculada
Por vezes revisada
Sempre reeditada
E depois de tudo...
E além de tudo...
Ainda sozinha
E com a cara a tapa
08/07/07
Sem apego a nada
Flagelada...
Anestesiada...
Na estrada...
Treinando fugas
Escapulidas
Desculpas esfarrapadas
Polidas...
Orações desperdiçadas
Palavras perdidas
Sem farpas
Disfarça...
Sempre essa farsa...
Desmentida
Metida
Descendo do salto...
Descalça
Descabida
Descabelada
Evitando percalços
Fazendo graça
Tímida e sem graça
Seduzindo a praça
Cansada...
Dengosa...
Boneca de luxo
Valente
Ou de louça...
Descrente
Linda e insossa
Pura, segura
Insana, profana
Barroca
Racionalizada
Minimamente calculada
Por vezes revisada
Sempre reeditada
E depois de tudo...
E além de tudo...
Ainda sozinha
E com a cara a tapa
08/07/07
Reciclagem
É chegada a hora de seguir um rumo
Arrumar sua trouxa e se desvencilhar
Chegou a hora de se reciclar
Deixar o turbilhão das horas e a inconsequência dos dias
Se seguirem... e a ti levar
Chegou o tempo de se reencontrar
E se reencontrando, ficar
Hoje é dia de envelhecer
E envelhecendo, crescer
Rejusvenescer, transcender
E nunca desvanecer...
Jamais!
Ultrapassar os seus próprios limites
E mesmo triste não chorar
Ou feliz não se perder...
Ou se perder... pra mais uma vez se achar
Pra sempre se descobrir novo
Sozinho, no meio do povo
Como um bezerro atrapalhado
Um pequeno pássaro atordoado
Inseguro e sempre disposto
A aprender a voar...
A buscar a imensidão...
A ganhar a amplidão...
Em mutação se revolver...
Se desprender... se aceitar...
E simples como o vento
Alcançar o tênue momento...
De enfim se libertar
29/06/07
Arrumar sua trouxa e se desvencilhar
Chegou a hora de se reciclar
Deixar o turbilhão das horas e a inconsequência dos dias
Se seguirem... e a ti levar
Chegou o tempo de se reencontrar
E se reencontrando, ficar
Hoje é dia de envelhecer
E envelhecendo, crescer
Rejusvenescer, transcender
E nunca desvanecer...
Jamais!
Ultrapassar os seus próprios limites
E mesmo triste não chorar
Ou feliz não se perder...
Ou se perder... pra mais uma vez se achar
Pra sempre se descobrir novo
Sozinho, no meio do povo
Como um bezerro atrapalhado
Um pequeno pássaro atordoado
Inseguro e sempre disposto
A aprender a voar...
A buscar a imensidão...
A ganhar a amplidão...
Em mutação se revolver...
Se desprender... se aceitar...
E simples como o vento
Alcançar o tênue momento...
De enfim se libertar
29/06/07
Fanfarra
Amarras e farras
Encontros, partidas...
Vidas...
Tão opostas e tão dispostas
Tão lascivas...
E tão amadas, e tão vividas
Tão sonhadas, pouco sofridas
Curtidas, com sal e fel
Com vinho e mel
Como iguaria...
Proponho um brinde a essa vida terna
Se não eterna, que não enferma
Apenas viva...
Viva com avidez, com suavidade
Com vontade!
Com poesia...
Não fique na saudade
Não parta antes do fim do dia
Ou antes do fim da noite... se já a noite ia...
Venha com desejo
Siga seu caminho fresco
E seus amigos loucos
Assuma o seu posto
Descubra o seu rosto
Faça sempre ao seu gosto
Não só sofra nem só ame...
Ou só sofra... e só ame...
Mas sorria sempre
E simplesmente viva!
19/06/07
Encontros, partidas...
Vidas...
Tão opostas e tão dispostas
Tão lascivas...
E tão amadas, e tão vividas
Tão sonhadas, pouco sofridas
Curtidas, com sal e fel
Com vinho e mel
Como iguaria...
Proponho um brinde a essa vida terna
Se não eterna, que não enferma
Apenas viva...
Viva com avidez, com suavidade
Com vontade!
Com poesia...
Não fique na saudade
Não parta antes do fim do dia
Ou antes do fim da noite... se já a noite ia...
Venha com desejo
Siga seu caminho fresco
E seus amigos loucos
Assuma o seu posto
Descubra o seu rosto
Faça sempre ao seu gosto
Não só sofra nem só ame...
Ou só sofra... e só ame...
Mas sorria sempre
E simplesmente viva!
19/06/07
Epifania bruta, bruta epifania
É tão estranho acordar um belo dia e não se achar lá
Num dia muito belo não se reconhecer
Ver que se mudou, se transtornou
Se transformou
Não sei em quê...
Nem sei porquê...
O tempo passa e pouco fica
Daquele, de mim, de você
Eu gosto de somar sempre
Mas tudo vai tão infinitamente
Tudo se embola, tudo se enrola
Se divide e não se reparte
Se parte e ninguém vê
Não tente descobrir quem sou agora
Essa farsa ainda encoberta
Essa fresta...
Questão eterna pra quem crê
Não tente me compreender
Nem tente me aprisionar
Me surpreenda... pra que eu possa rever...
Meus conceitos... meu peito...
Desperto, incerto
Aberto, sem ter pra quê...
16/06/07
Num dia muito belo não se reconhecer
Ver que se mudou, se transtornou
Se transformou
Não sei em quê...
Nem sei porquê...
O tempo passa e pouco fica
Daquele, de mim, de você
Eu gosto de somar sempre
Mas tudo vai tão infinitamente
Tudo se embola, tudo se enrola
Se divide e não se reparte
Se parte e ninguém vê
Não tente descobrir quem sou agora
Essa farsa ainda encoberta
Essa fresta...
Questão eterna pra quem crê
Não tente me compreender
Nem tente me aprisionar
Me surpreenda... pra que eu possa rever...
Meus conceitos... meu peito...
Desperto, incerto
Aberto, sem ter pra quê...
16/06/07
No picadeiro
O palhaço vem pra brincar com minhas dores
Me tornando criança
Me fazendo pirraça
Preu cair na lambança
E fazer junto a graça
Preu lembrar que sou dança
No meio da praça
O palhaço atiça
Essa moça que passa
Sua arte mestiça
Mistura, enlaça
Me rouba sorrisos
Me deixa sem graça
Mas sempre agradecida
Que minha alegria realça
Fantasia... agracia...
E eu digo: muchas gracias!
08/07/07
Me tornando criança
Me fazendo pirraça
Preu cair na lambança
E fazer junto a graça
Preu lembrar que sou dança
No meio da praça
O palhaço atiça
Essa moça que passa
Sua arte mestiça
Mistura, enlaça
Me rouba sorrisos
Me deixa sem graça
Mas sempre agradecida
Que minha alegria realça
Fantasia... agracia...
E eu digo: muchas gracias!
08/07/07
O ciúme
Todos os músculos se retraem
E todos os sentidos se aguçam
Os nervos se assanham
Os pêlos se eriçam
Os vasos se contraem, dolorosamente
Nesse processo que é pura carne e puro crime
Agulhadas de vodu...
De ti para ti mesmo
Recriação vil da felicidade alheia
Famigeração egoísta dessa alegria...
Como não sentí-lo e não se sentir mesquinho?
Como não deixar essa enxurrada de reações tão violentas quanto verdadeiras
te invadir e te aprisionar?
Como se privar desse sorriso sórdido que vangloria tua própria desgraça e redime tua raiva?
O ciúme te tornas humano como eu
Ainda que não queiras
Te remete a tua mortalidade e te revela pecador contra ti mesmo
O ciúme te é necessário
Porque dele renasces e dele te livras
E nessa renovação de ânimos e dores
Tu te forteleces, te reergues, te reencontras...
Deixa emergir teu eu mais ingrato e mais cínico
Porém mais doce e mais frágil
E infinitamente mais fácil de se amar que teu antigo eu
13/06/07
E todos os sentidos se aguçam
Os nervos se assanham
Os pêlos se eriçam
Os vasos se contraem, dolorosamente
Nesse processo que é pura carne e puro crime
Agulhadas de vodu...
De ti para ti mesmo
Recriação vil da felicidade alheia
Famigeração egoísta dessa alegria...
Como não sentí-lo e não se sentir mesquinho?
Como não deixar essa enxurrada de reações tão violentas quanto verdadeiras
te invadir e te aprisionar?
Como se privar desse sorriso sórdido que vangloria tua própria desgraça e redime tua raiva?
O ciúme te tornas humano como eu
Ainda que não queiras
Te remete a tua mortalidade e te revela pecador contra ti mesmo
O ciúme te é necessário
Porque dele renasces e dele te livras
E nessa renovação de ânimos e dores
Tu te forteleces, te reergues, te reencontras...
Deixa emergir teu eu mais ingrato e mais cínico
Porém mais doce e mais frágil
E infinitamente mais fácil de se amar que teu antigo eu
13/06/07
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